Paraná – A descoberta de farelo de soja adulterado com areia no Porto de Paranaguá revelou uma complexa rede de relações entre o ex-prefeito de Sorriso (MT), Dilceu Rossato, o banco BTG Pactual e o Grupo Safras, uma gigante do agronegócio em crise financeira. Segundo a reportagem do Folhamax, documentos indicam que o material contaminado encontrado estava relacionado à Engelhart CTP Brasil S.A. (ECTP), braço de commodities do BTG Pactual.
O Grupo Safras, que enfrenta dívidas superiores a R$ 2,5 bilhões, tem repassado ativos ao BTG Pactual devido a execuções judiciais. Entre esses ativos estão armazéns e uma esmagadora de soja em Mato Grosso, transferidos para o controle do banco. Embora a Engelhart negue qualquer relação com a adulteração ou parceria acionária com o Grupo Safras, investigações apontam que o BTG tem desempenhado um papel central nas operações do grupo em crise.
Aliviar as pressões judiciais
Rumores indicam que o fundo de investimentos Flowinvest, com sede no Paraná, teria assumido o controle do Grupo Safras, prometendo injetar recursos para aliviar as pressões judiciais. Carlos Eduardo de Grossi Pereira, conhecido como “Cacá”, foi nomeado novo CEO do grupo. Cacá já esteve envolvido em outra recuperação judicial bilionária no Paraná, levantando suspeitas sobre as práticas adotadas para lidar com crises financeiras.
A situação gerou repercussão negativa no setor agropecuário, especialmente entre pequenos e médios produtores que não receberam pagamentos por grãos entregues ao Grupo Safras. A prática de adulteração de produtos agrícolas também levanta questões éticas e jurídicas, colocando em foco a necessidade de maior fiscalização no setor. Enquanto isso, as investigações continuam para identificar os responsáveis pela fraude no farelo de soja.
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