(por Denilson Cortes)
Vem ganhando força, na Câmara de Santiago, a ideia de aumentar o número de vereadores, dos atuais 10, para 13. Em várias cidades, que tentaram a mesma coisa, a revolta da população foi tão grande que deixou os legisladores em maus lençóis. E aqui, vamos ficar calados, consentindo com uma afronta desse tamanho? O argumento que não irá aumentar gastos é uma piada. Além de pagar mais três salários mensais, serão necessários mais alguns assessores. E novas salas, pois em Santiago cada um tem a sua. Alegam que a Câmara teria direito a 7% do orçamento, mas só gasta 2,3%. E acham pouco? Dizer que estão seguindo a Constituição é brincar com o eleitor. A emenda diz que as câmaras podem criar novas vagas, mas não obriga ninguém a fazer.
Dez tá bom demais
A história de aumentar a representatividade também não serve. Hoje temos 10, mas vejo (opinião minha) três ou quatro que realmente trabalham e merecem a reeleição. Se a lei permite que se aumente para 13, deve haver uma maneira de reduzir pra 9. Há disparidade com os municípios menores? Talvez. Mas se em Unistalda, por exemplo, 9 vereadores passam o ano com pouco mais de 300 mil reais, porque Santiago, com apenas um a mais, tem que gastar um milhão? Ou o aumento é para baixar o quociente eleitoral de três mil para cerca de 2.300 votos por partido ou coligação para eleger um vereador? Quem trabalhou direitinho, não tem o que temer. Quem não fez por merecer, não há artimanhas que o salve nas urnas.