
Os dois São Franciscos (de Paula e de Assis) se reuniram para dar início à regularização do ritmo bugio como Patrimônio Imaterial do Estado. Essas cidades disputavam o nascedouro do único compasso gaúcho.
(Léo Ribeiro)
Bugio é um toque no estilo campeiro
trancão galponeiro de cerne e raiz
brotou da cordeona imitando o primata
roncando nas matas do Sul do país.
É marca terrunha do Rio Grande antigo
seu pago nativo não se sabe bem
também não importa, o pai é quem cria,
porque geografia não ama ninguém.
O bugio é gaúcho, gaudério, teatino,
compasso genuíno a gaita é sua voz.
Nasceu das tropeadas nas noites sem sono
bugio não tem dono é de todos nós.
São “Chico” de Paula, São “Chico” de Assis,
que ideia feliz fazer união
seremos mais fortes assim deste jeito
o trato “tá” feito nós somos irmãos.
Protejam o bicho do mato sumido
retrechem sonidos, exaltem nos versos…
Aqui no Rio Grande se planta a semente
e logo na frente se ganha o universo.