O vereador Miguel Bianchini, que foi presidente da Câmara em 2009, está a um passo de sair do PP. Na semana passada ele conversou sobre isso com seus colegas na Câmara e nesta terça foi ao prefeito Júlio Ruivo para ter uma conversa franca e expor seu descontentamento com a política. Prometeu que, por enquanto, seguirá no partido. Mas, possivelmente, não por muito tempo.
Nesta quarta, Bianchini estará em Porto Alegre onde cumprirá uma agenda política, sendo recebido por vários líderes, entre eles o presidente da Assembleia, Adão Villa Verde. Há propostas das mais diversas para o vereador, que é o sonho de consumo do PPL, PSD e também do PT.
A saída de Bianchini do PP acenderia diversas discussões, entre elas, a própria eleição da presidência da Câmara para o próximo ano. Indagações? São várias:
– Em vez de entregar a presidência no final do ano, Pelé poderia continuar até o final de 2012, permanecendo os dois anos no cargo, o que a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Câmara permitem.
– Em caso de renúncia, Marcos Peixoto concorre a presidente. A oposição, formada por Diniz Cogo e Arlindo Alves (PMDB), Pedro Bassin (PSDB), Gavioli (PDT) e Bianchini (em novo partido), poderão se unir e apresentar um candidato.
– O empate em cinco a cinco daria a vitória ao candidato mais velho. Mas, nesse cenário, quem poderia ser o presidente? Qualquer um, mas o Nova Pauta apostaria em Diniz, Bassin ou o próprio Bianchini.
– E, o mais provável que aconteça: seguindo no PP ou mesmo que esteja em qualquer outro partido, Bianchini manteria o seu voto em Marcos Peixoto, para honrar o acordo feito em 2009. Mesmo que ingresse na oposição, é certo que o vereador não se voltaria contra seus antigos companheiros, justamente por causa de uma palavra que ele preza muito: ética.