O uso de cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, é proibido no Brasil, mas ainda assim tem se tornado bastante popular, especialmente entre os jovens. Um estudo da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) revelou que o número de usuários de cigarros eletrônicos quadruplicou entre 2018 e 2022.

• Entre os jovens, esse hábito é ainda mais frequente, com 9,7% das pessoas entre 18 e 24 anos já tendo experimentado o vape, em comparação com 3,3% na faixa entre 35 e 49 anos.

Especialistas alertam que, ao contrário do cigarro tradicional, que pode levar décadas para manifestar doenças, os problemas de saúde relacionados aos vapes podem surgir em idades mais jovens, tornando-os potencialmente mais perigosos.

Os riscos do uso

Uma pesquisa da Unesp destacou a presença de altas quantidades de açúcar nos líquidos usados nos vapes para criar aromas de frutas, o que pode causar problemas dentários e periodontais. Além disso, os vapes têm sido associados a problemas graves de saúde.

Os riscos do uso de vapes incluem doença pulmonar crônica, vários tipos de câncer, doença coronariana, doenças cerebrovasculares e respostas inflamatórias perigosas que podem levar a eventos cardiovasculares agudos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que o uso de nicotina em pessoas menores de 20 anos aumenta o risco de se tornarem fumantes na vida adulta, resultando em problemas de saúde graves.

Proibição do vape

Apesar de ser proibido, o uso de vapes é um alerta significativo para a saúde pública, pois esses dispositivos podem ser tão ou até mais prejudiciais do que os cigarros tradicionais.

O presidente Lula destacou a importância de combater o uso de vapes no Dia de Combate ao Fumo, enfatizando que, assim como ocorreu com o tabagismo tradicional, é essencial conscientizar os jovens sobre os perigos dos dispositivos eletrônicos.

A proibição e regulamentação dos vapes variam por país, mas a conscientização sobre os riscos desses dispositivos é fundamental para garantir uma velhice saudável e com qualidade de vida.

Fonte: Saúde em Dia