Lula até pode não indicar uma ministra negra para o STF – na vaga de Rosa Weber – mas o novo presidente, Luís Roberto Barroso já fez a sua parte para assegurar maior diversidade entre os escolhidos para a equipe mais próxima a ele. Assim, nomeou a juíza negra Flávia Martins de Carvalho, 49 de idade. (da coluna de Marco Antônio Birnfeld – Espaço Vital)
- Ela dispensa o tratamento de “excelência” – o que é ótimo – e pratica a iniciativa de estender a mão, com sorriso leve. Nada de juizite.
“É fundamental desconstruir a imagem do juiz distante da sociedade. Temos de nos aproximar. E isso é possível por meio do aspecto humano. Não posso parecer uma deusa, que esteja no Olimpo, intocável. Sou humana. Choro. Os processos me tocam” – diz ela, que é originária do Tribunal de Justiça de São Paulo e, cedida, agora é juíza auxiliar do STF. Flávia passa a ser a coordenadora da Ouvidoria do Supremo, onde se dispõe a ouvir demandas da cidadania.
Da juíza Flávia, duas frases pertinentes: “Ser uma mulher negra neste lugar de destaque é uma grande responsabilidade. Eu sei que muitas meninas e mulheres negras, e não negras também, estão olhando para mim e acreditando que é possível ocupar esses espaços de poder, ainda que a sociedade seja racista e patriarcal”.