As enchentes um rastro de solidariedade, mas também revelaram casos chocantes de desvio de doações, com investigações em andamento em pelo menos cinco municípios gaúchos.
Em Alvorada, a Polícia Civil investiga um esquema que envolve o vice-prefeito Valter Luiz Slayfer (PSDB), um secretário, uma assessora técnica, uma superintendente de secretaria, um representante do Legislativo e seis pessoas sem cargo público. A suspeita é de que donativos foram desviados para endereços não atingidos pela enchente.
Em Barra do Ribeiro, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público investiga o vereador e pré-candidato à reeleição Juliano da Silva Duarte (União Brasil) e outras duas pessoas por suspeita de desvio de suprimentos enviados pela Defesa Civil estadual. Eles teriam desviado itens para pessoas não afetadas pelas cheias.
Já em Cachoeirinha, duas investigações correm em paralelo. Na primeira, o Gaeco apura o desvio de doações vindas de Santa Catarina, com suspeitas sobre o vereador Deoclécio Lourenço de Mello (PSDB) e sua possível ligação com uma ONG. A segunda investigação, conduzida pela Procuradoria da Função Penal Originária do MP, aponta para sobrepreço e superfaturamento na compra de cestas básicas para as vítimas, tendo como alvo o prefeito Cristian Wasem Rosa (MDB).
Em Eldorado do Sul, o Gaeco investiga o desvio de donativos por três pessoas ligadas à Defesa Civil municipal. Os suspeitos são Gelson Antunes Santos (PDT), ex-secretário da Educação e pré-candidato a prefeito; João Carlos Ferreira (PDT), secretário de Habitação e ex-candidato a vereador; e um servidor da Defesa Civil. Eles são suspeitos de direcionar a entrega de donativos de forma indevida.
E em Palmares do Sul, o Gaeco e a Polícia Civil realizam duas operações. A primeira tem como alvo o vereador Manoel Antunes Neto (PL), suspeito de desviar cestas básicas e escovas de dente. A segunda investigação mira os vereadores Filipe Lang (PT), pré-candidato a prefeito, e Polon Backes de Oliveira (União Brasil). Eles são suspeitos de desviar parte de uma carga de 18 toneladas de donativos do governo federal para áreas não atingidas pela enchente. (GZH)
É importante ressaltar que todos os investigados são considerados inocentes até que se prove o contrário e que as investigações seguem em andamento para apurar os fatos e responsabilidades.
Mas bah, todos os suspeitos são politico, como vamos votar em outubro ? Melhor ficamos em casa assim não tem erro.