Ao meio-dia em Buenos Aires, uma sapataria está vazia enquanto lojas de compra de ouro estão lotadas, refletindo a crise econômica no país.
Mariana, de 63 anos, teve que vender um relógio de família para pagar dívidas, já que sua pensão não cobre despesas básicas devido à inflação de quase 300% ao ano.
Ela é um exemplo de muitos que recorrem a vender joias para enfrentar a crise. El Tasador, uma loja de compra e venda de joias, tem cerca de 300 transações diárias, triplicando o volume do ano anterior, com pessoas vendendo peças que antes não pretendiam vender.
No centro da cidade é repleto por cartazes de “compro ouro”.
A crise econômica levou os argentinos a liquidar suas economias em moeda estrangeira e recorrer à venda de joias em meio à recessão, desemprego e altas tarifas de serviços.
A pobreza atinge 55,5% da população, com 17,5% em extrema pobreza. Daniel, um contabilista desempregado, tenta vender um porta-chaves de prata sem sucesso.
Carlos, gerente de uma joalheria, nota que todos vêm para vender, não para comprar. O tipo de venda mudou de objetivos como renovar a casa para necessidades básicas, como pagar contas e despesas.
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