(por João Lemes) A saga dos cães de rua em Santiago é um reflexo da nossa incapacidade de lidar com as consequências de nossas próprias escolhas. Apesar dos esforços da cidade em criar o centro de zoonoses e implementar o castramóvel, o problema dos cães vadios persiste, evidenciando que as medidas adotadas são apenas paliativos frente à verdadeira causa: a irresponsabilidade dos donos.
A prefeitura investe milhares de reais para cuidar deles, mantendo um canil abarrotado com 400 cães. Ainda assim, enfrentamos cães atacando pessoas, sujando calçadas e perturbando o sono alheio com latidos incessantes.
A raiz do problema? Os donos dos animais. Há, sei, é “tutor”. Mas que importância tem isso?
Vivenciei a ameaça que esses animais podem representar quando dois cães enormes quase me derrubaram durante um passeio de bicicleta. A situação me obrigou a me defender e a confrontar o dono dos cães, que tentou minimizar o problema. A verdade, porém, é inegável: esses animais são um risco real, especialmente para crianças e idosos.

Esse incidente destaca a urgente necessidade de mudança por parte dos donos de cães. Não podemos depender apenas da prefeitura para resolver um problema de responsabilidade individual. É essencial que os donos compreendam a gravidade de criar um cão, assegurando que seus animais não se tornem uma ameaça à comunidade.
Cada cachorro de rua ou incidente envolvendo cães que atacam pessoas é um reflexo direto da nossa falha coletiva em educar e responsabilizar os donos de cães.

Precisamos romper este ciclo de avanços temporários e retrocessos constantes, enfrentando as consequências de nossa falta de responsabilidade. Somente assim poderemos aspirar a uma convivência harmoniosa entre nós, os cães e os donos. Há, sei, é “tutor”. Mas que importância tem isso?



Um ideia para nossos vereadores, uma Lei para que os animais sejam cadastrados na Prefeitura e os donos Multados em caso de descuido, sem contar responderem criminalmente por maus tratos. Só vai mudar quando tiverem que meter a mão no bolso.