Um vídeo nas redes sociais mostra um paciente, Jarmo Celestino de Santana, de 55 anos, com as mãos amarradas e preso a uma cadeira em uma clínica de reabilitação em Cotia, São Paulo, enquanto quatro rapazes riem.
Filmado na sexta-feira (5), o paciente foi levado a um posto de saúde em Vargem Grande do Sul na segunda-feira (8) com lesões pelo corpo e morreu logo após.
Dois funcionários da Comunidade Terapêutica Efata foram levados à Delegacia Central de Cotia para prestar esclarecimentos.
Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que o vídeo foi gravado pelo funcionário Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos. Além disso, Matheus enviou um áudio por WhatsApp para outra pessoa, na qual confirma ter agredido Jarmo.
“Cobri no cacete, cobri… chegou aqui na unidade… pagar de brabo… cobri no pau. Tô com a mão toda inchada”, diz Matheus, segundo a delegacia que investiga o caso.
Na terça-feira, a Prefeitura de Cotia informou que a clínica de reabilitação onde ocorreu o incidente era clandestina.
A Vigilância Sanitária interditou o local, constatando a falta de autorização para funcionamento. Em defesa, os donos da clínica alegam que o estabelecimento está regularizado e tem permissão para operar.
Em 2020 e 2021, os proprietários da Comunidade Terapêutica já haviam enfrentado acusações pela prática de maus-tratos contra quatro adolescentes em outra unidade gerida por eles.
LEIA MAIS:


