Gravataí – A inauguração de um templo dedicado a Lúcifer foi marcada para terça-feira (13/8), e gerou grande controvérsia.
Os fundadores, Lukas de Bará da Rua e Tata Hélio de Astaroth, afirmam que o templo, localizado em uma área rural de cinco hectares, tenta desmistificar a imagem de Lúcifer e promover ações sociais, como distribuição de alimentos. A estátua, de 5,5 metros de altura, simboliza a dualidade entre o mundo material e espiritual.
A prefeitura de Gravataí esclareceu que não utilizou recursos públicos no empreendimento. A inauguração contará com segurança reforçada devido às ameaças recebidas.

Tata Hélio de Astaroth e Lukas de Bará da Rua ao lado da esculturaAndré Ávila / Agencia RBS
“Há dois anos nós já vínhamos falando de ter um espaço para trabalhar só com demônios. Resolvemos que teríamos um sítio para realizar práticas junto à natureza e organizar grupos de estudo para desmistificar a imagem de Lúcifer, que é muito atacada pela Igreja”, afirma Lukas.
Com esse objetivo, pretendem realizar ações sociais como distribuir alimentos a pessoas necessitadas e, posteriormente, organizar grupos de visitação ao templo para participar de retiros espirituais. Para se associar em definitivo, porém, é preciso ser indicado por alguém que já seja membro da organização.
O confundador da denominação religiosa afirma que o demônio hostilizado pelos cristãos simboliza, para os cerca de cem integrantes de seu grupo, algo bem diferente da costumeira representação do mal:
“— “Para nós, Lúcifer é um deus, a luz do amanhã, a luz do conhecimento. Nos traz, principalmente, o autoconhecimento e a possibilidade de conquistar coisas que o mundo oferece.” (GZH)



