Nesta quinta-feira (19), a Polícia Civil deflagrou uma operação que cumpre mandados de busca e apreensão em domicílios relacionados a um funcionário de um Centro de Registro de Veículos Automotores, credenciado pelo Detran-RS, e a dois despachantes. Os três foram afastados do serviço.
Eles são suspeitos de trabalhar para facções criminosas, legalizando carros clonados, fazendo automóveis batidos passarem em vistorias e transferindo veículos de forma fraudulenta. Os policiais que investigam o caso afirmam que os criminosos dão nova vida a veículos retirados do cadastro por meio desses golpes.
As fraudes acontecem de forma virtual e, de acordo com os policiais, envolvem dois despachantes da Região Metropolitana e o coordenador de um CRVA em Xangri-Lá, no Litoral Norte. O esquema facilita a legalização de veículos com irregularidades. Apenados que operam de dentro dos presídios supostamente encomendam os crimes.
O esquema abrange fraudes nas vistorias, inserção de informações falsas nos sistemas de informática do Estado, falsificação de dados e modificação das características dos veículos. Ainda incluia o registro de automóveis e dados inexistentes nos bancos de dados públicos.
O delegado afirma que os despachantes e o funcionário do CRVA atuavam como mercenários, prestando serviços para várias facções, inclusive para grupos rivais.
A investigação começou com o monitoramento de facções e a apreensão de veículos clonados que estavam com documentos válidos. A análise das senhas utilizadas nas operações também contribuiu para o avanço das apurações.
O delegado solicitou as prisões preventivas dos três suspeitos, porém a Justiça negou o pedido, justificando que os crimes cometidos não envolvem violência.
Os suspeitos responderão a inquérito por peculato (corrupção praticada por funcionário público), estelionato, fraudes diversas e associação criminosa.
Fonte: RD Foco
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