Nesta sexta-feira (14), o Tribunal de Justiça do Espírito Santo concedeu liminar para a reintegração de posse de uma área da Suzano Papel e Celulose em Aracruz (ES), ocupada por mulheres do MST. Cerca de mil manifestantes acampadas no local desde quinta-feira (13), como parte da jornada nacional de luta do movimento.
As ocupantes afirmam que não sairão voluntariamente e buscarão negociação para a destinação das terras ao assentamento de famílias. Caso a desocupação não ocorra pacificamente, a Justiça autorizou o uso da força policial. No acampamento, as sem-terra montaram barracas, uma cozinha coletiva, um espaço de saúde e um local para cuidados infantis.

A ocupação das mulheres do MST denuncia os impactos ambientais da Suzano, como a escassez de água e o uso de agrotóxicos, além de pressionar a empresa a cumprir um acordo de 2011 para destinar 22 áreas à reforma agrária.
O movimento critica a liminar de despejo, alegando que a empresa usa a ocupação como pretexto para interromper negociações. O MST reforça a necessidade de regularizar as famílias assentadas e retomar o diálogo.
A Suzano argumenta que a ocupação ameaça suas operações, pois a área beira a rodovia por onde 80% da madeira é transportada. A decisão judicial justifica a reintegração citando riscos ambientais e patrimoniais. A empresa enfrenta centenas de processos civis, ambientais e trabalhistas.
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