Estudo revela: supermercados enfrentam falta de mão de obra em 8 cargos

O problema é atribuído à baixa taxa de desemprego (6,5% em janeiro, segundo o IBGE) e à preferência dos jovens por trabalhos informais mais flexíveis.

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Os supermercados no Brasil estão enfrentando desafios para contratar profissionais em 8 das 10 ocupações que representam quase 70% da força de trabalho nesses estabelecimentos. A constatação vem de um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a pedido do Estadão, e divulgado nesta terça-feira (11 de março de 2025).

De acordo com o estudo, cargos operacionais, como repositor de mercadorias, operador de caixa e balconista, estão entre os mais difíceis de serem preenchidos. A escassez de mão de obra qualificada, as condições de trabalho e a alta rotatividade são apontadas como alguns dos principais fatores que contribuem para essa dificuldade.

Especialistas do setor destacam que o desinteresse por algumas funções ocorre devido às exigências do trabalho, como jornadas extensas, baixa remuneração e pouca possibilidade de crescimento profissional. Além disso, a competição com outras áreas do comércio e serviços, que oferecem condições mais atrativas, tem impactado diretamente a contratação nesses estabelecimentos.

Para minimizar o problema, algumas redes de supermercados têm investido em programas de capacitação e benefícios adicionais para atrair e reter talentos. No entanto, o setor ainda enfrenta desafios para equilibrar a demanda por mão de obra e a oferta de profissionais dispostos a atuar nessas funções.

O levantamento da CNC reforça a necessidade de estratégias mais eficazes para tornar essas carreiras mais atrativas e garantir a estabilidade do setor supermercadista, essencial para a economia do país.

Confira a lista:

  • Operador de caixa
  • Padeiro
  • Açougueiro
  • Embalador
  • Repositor de mercadorias
  • Atendente de loja
  • Vendedor
  • Auxiliar de serviços de alimentação

A falta de mão de obra em supermercados é atribuída à baixa taxa de desemprego (6,5% em janeiro, segundo o IBGE) e à preferência dos jovens por trabalhos informais mais flexíveis. O estudo analisou dados do Caged e considerou o aumento do salário inicial de contratação (5,9% acima do mercado) e o crescimento das admissões nas ocupações mais demandadas.

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