O Márcio me ganhou na homenagem ao Sidi, rapaz que está conosco desde a criação do Expresso. Pra quem não lembra, o Sidnei Garcia não assinava os primeiros trabalhos com medo de represália.
Claro, iniciamos no tempo da “ditadura”, com um Vulmar Leite e cia no comando. Naquele tempo, 1993, ninguém em Santiago estava acostumado com charges e queriam processar, dizendo-se “chacoteados”.
Para vocês terem uma ideia, até juízes, promotores eram envolvidos nas charges. Sempre eu dando o roteiro e o Sidi no lápis mágico.
Eta, meu amigo e colega. Tempos bons! E me perdoem a falta de modéstia, mas creio que formamos a única dupla gaúcha, com criação de um, desenho de outro. E pobre dos que são os alvos de nossas mentes macabras, né, Sidi?
Então, fica aqui meu reconhecimento a esta figura ímpar, inteligente e, acima de tudo, sincero por demais. Felicidades, amigo-irmão. Hoje é teu dia.
Hoje também faz um ano que perdi minha querida mãe, justo no teu aniversário. Já fui ao cemitério em Cruz Alta: “já relembrei, chorei… só não rezei nem vela deixei porque nisso jamais acreditarei”…
A morte é uma coisa boa, senão, não existiria. Nós é que somos egoístas e não aceitamos perder quem amamos.
É a vida…E ela só existe por causa da morte.