Vacaria – RS – O número de argentinos que migram para o Sul do Brasil em busca de trabalho aumentou nos últimos anos, com destaque para a presença na colheita da maçã, uva, erva-mate, apanha de aves e extração florestal. A maioria vem da província de Misiones e atua como safrista em regiões como Vacaria, Arvorezinha, Ilópolis, Putinga e São Marcos.
Entre janeiro e junho de 2024, mais de 7,6 mil argentinos tiveram emprego formal no Sul, segundo o Ministério do Trabalho. Só a agropecuária Schio, de Vacaria, contratou cerca de mil trabalhadores argentinos em 2024 — número que superou em três vezes o registrado em 2023.

A maior parte das contratações segue boas condições de trabalho, mas autoridades alertam para casos de exploração. Entre 2024 e 2025, 42 argentinos foram resgatados em situações análogas à escravidão, principalmente na colheita da uva. Os piores casos envolveram atravessadores que prometiam boas condições, mas entregavam alojamentos precários, atrasos salariais e falta de estrutura básica.
Apesar disso, a migração argentina é, em geral, temporária e rotativa: a maioria dos trabalhadores passa dois a três meses no Brasil e retorna ao país de origem. Ainda assim, a força de trabalho vinda do país vizinho se consolidou como essencial para a agroindústria no RS e SC.
Fonte: GZH / Ministério do Trabalho e Emprego.
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