Rio de Janeiro, RJ – Os planos de saúde ficaram 327% mais caros entre 2006 e 2024, quase o dobro da inflação geral do período, que foi de 170%. O estudo é do Instituto de Estudos de Políticas de Saúde, com base em dados do IBGE, e revela que os convênios pressionam cada vez mais o orçamento de famílias e empresas.
O peso nos custos da saúde
Segundo os pesquisadores, o preço dos planos foi o principal fator de aumento nos gastos com saúde. Outros serviços subiram menos: médicos e dentistas acumularam alta de 233% e os laboratoriais e hospitalares 179%. A análise aponta que a alta dos convênios superou também a de alimentos, educação e habitação.
As justificativas do setor
Operadoras e a ANS argumentam que o cálculo das mensalidades leva em conta o uso dos planos, o preço de insumos e as novas tecnologias incorporadas. Eles também citam mudanças na população, como o envelhecimento, que aumentam a demanda por assistência médica.
O impacto nas empresas e no SUS
Com 72% dos usuários em planos empresariais, o aumento pesa no custo das empresas. O estudo alerta que o ritmo dos reajustes pode tornar o acesso à saúde privada inviável para parte da população e aumentar a pressão sobre o SUS.
Brasil lidera alta no preço dos planos
O levantamento aponta que o Brasil teve avanço maior nos preços dos planos do que países como Alemanha, França e Estados Unidos. O gasto privado em saúde no país é alto em relação à renda, o que agrava a dificuldade de acesso.
Os desafios para o futuro
Especialistas alertam que o mercado pode ficar restrito e que é preciso buscar formas de conter a alta dos custos. A preocupação é com a sustentabilidade dos planos e o impacto social da dificuldade de acesso à saúde privada.
Fonte: O Globo.
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