Irmãs indígenas resgatadas em Porto Alegre ficarão com outra família da mesma aldeia

O resgate aconteceu na manhã de segunda-feira (30), um dos dias mais frios do ano na capital.

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Porto Alegre – As duas crianças indígenas guarani que foram resgatadas em situação de abandono no Centro de Porto Alegre vão ficar sob os cuidados de outra família da mesma aldeia onde viviam. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (3) pelo Tribunal de Justiça do RS.

O resgate aconteceu na manhã de segunda-feira (30), um dos dias mais frios do ano na capital. As crianças são irmãs e foram encontradas com sinais de hipotermia, vestindo roupas leves e expostas ao frio intenso, nas proximidades da Praça Montevidéu, no Centro Histórico.

A juíza da Infância e Juventude, Tânia da Rosa, determinou que elas sejam acompanhadas por serviços de proteção social e avaliadas por um antropólogo indicado pela Justiça. Segundo o TJRS, a nova família tem melhores condições de garantir a proteção integral das crianças.

Investigação em andamento

A Polícia Civil investiga o caso como possível abandono de incapaz. O delegado Raul Vier informou que, até a tarde de quinta-feira, duas pessoas haviam sido ouvidas. Um homem se apresentou como pai das crianças, mas não falava português e não apresentou documentos que comprovassem o vínculo. Outro homem, que se identificou como tradutor, também foi ouvido, mas não conseguiu esclarecer muitos detalhes.

Uma terceira pessoa, inicialmente tratada como adolescente, foi identificada como maior de idade e também será ouvida.

A Polícia Civil afirmou que segue com as investigações, respeitando os direitos e costumes da comunidade indígena envolvida, e reforçou o compromisso com a proteção de crianças e adolescentes.

Relembre o caso

Segundo a Guarda Municipal, pedestres que passavam pela Praça Montevidéu viram as crianças em situação de vulnerabilidade e chamaram os agentes. A menor estava caída no chão, tremendo, com muco no rosto e queimaduras de frio nas mãos e no rosto. A outra, também com sinais de hipotermia, estava encolhida em um canto. Ambas usavam apenas calça e casaco fino, insuficientes para o frio.

Elas foram levadas à Delegacia da Criança e do Adolescente (Deca), onde foi registrado um boletim de ocorrência. O Conselho Tutelar foi acionado, e as meninas foram levadas para um abrigo.

G1

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