(João Lemes) Durante a primeira campanha de Bolsonaro, nas redes sociais surgiram muitas novas ideias e perguntas. Uma delas era essa: você é a favor de que preso trabalhe? Aí todo mundo dizia sim, e seguia outra frase: pois o governo Bolsonaro fará todos os presos trabalharem. Na realidade, a vontade não é bem assim, porque nenhum preso é obrigado a trabalhar. Ele só trabalha se quiser, a menos que haja uma emenda na Constituição. E isso não dependeria do Bolsonaro, e sim do Congresso como um todo. Mas para aliviar o senso comum — e a ideia de que preso não trabalha — vejam só como o Rio Grande do Sul tem dado exemplo.
Estado – RS – Cerca de 30% dos 50 mil apenados do estado estavam em atividade laboral (trabalho) no fim do primeiro semestre de 2025. Isso representa 15.045 presos em funções internas, com carteira assinada, prestação de serviço autônomo ou produção de artesanato.

Foco na ressocialização
O trabalho dentro das cadeias garante, além de ocupação e qualificação, o direito à remição da pena: três dias de serviço reduzem um dia da condenação. Segundo o secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom, o objetivo é que os presos saiam melhores do que entraram. O superintendente da Polícia Penal, Sergio Dalcol, também reforça que a reintegração ajuda a reduzir a reincidência e melhora a segurança pública.
Os dados do trabalho nas cadeias
Boa parte atua dentro dos próprias presídios, em funções como limpeza, cozinha, jardinagem, lavanderia e manutenção. Já 2.383 pessoas estão ligadas a termos de cooperação com prefeituras, empresas ou órgãos públicos. Outros 1.200 trabalham fora com carteira assinada e 1.921 prestam serviços como autônomos.
O artesanato como alternativa
Mais de mil apenados produzem artesanato para remição e geração de renda. Entre as atividades estão crochê, costura, pintura e desenho. Segundo o governo, o número de presos trabalhando cresceu nos últimos seis meses, com qualificação das ofertas. Atualmente há projetos com indústrias, prefeituras e empresas de vários setores. Fonte: Governo do RS
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