Maranhão – O Ministério da Saúde cobra a devolução de mais de R$ 140 milhões de municípios por suspeitas de fraude no uso de emendas parlamentares. Segundo auditorias do DenaSUS, os municípios inflaram dados de consultas e exames do SUS para receber mais recursos. A maior parte do valor está concentrada no Maranhão, com destaque para Vitorino Freire, que recebeu cobrança de R$ 13,4 milhões e não comprovou a realização de mais de 800 mil consultas em um município de 30 mil habitantes.
A Polícia Federal investiga possíveis crimes envolvendo repasses de emendas para empresas suspeitas. Em Vitorino Freire, os agentes apuram se recursos ligados ao deputado Juscelino Filho foram desviados. Já em Paulo Ramos, a cobrança de R$ 10,3 milhões inclui pagamentos para a empresa Center Med, citada em diálogos entre supostos sócios e o deputado Cleber Verde. Parte dos acessos ao sistema do SUS foi feita por terceiros sem vínculo com prefeituras.
Ao todo, 23 dos 51 relatórios de auditoria envolvem cidades do Maranhão. Outros estados, como Amapá e São Paulo, também estão entre os cobrados. O governo já recuperou R$ 12,19 milhões. Prefeituras alegam que houve alta demanda durante a pandemia, terceirização de serviços e falhas de gestões anteriores. O Ministério da Saúde afirma que retomou auditorias presenciais em 2023 e que atua com o TCU e o MPF para buscar o ressarcimento dos valores.
Fonte: Jornal O Sul.
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