Brasília – DF – Pelo menos 78 militares podem ser julgados pelas Forças Armadas por ligação com a tentativa de golpe após as eleições de 2022. O número é três vezes maior que o dos réus militares já denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF), que são 22 entre os 37 nomes processados.
Os Conselhos de Justificação
A Marinha e o Exército decidiram abrir Conselhos de Justificação — processos internos para avaliar se oficiais devem continuar na ativa ou ser expulsos. A Aeronáutica ainda não anunciou medidas. Os conselhos são compostos por três oficiais mais antigos e avaliam condutas que ferem a honra ou os deveres militares, mesmo que não haja crime formal.
As acusações e os nomes de peso
Entre os que podem ser julgados internamente estão os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno. Braga Netto teria incentivado ataques verbais contra colegas contrários ao golpe, segundo a PF. Já o STF vai julgar apenas os casos em que há indícios de ação concreta para impedir a posse do presidente Lula, e não apenas comentários em grupos ou mensagens privadas.
Julgamentos paralelos e históricos
A PF apontou 78 militares envolvidos em conversas golpistas. Parte só opinou, mas outros agiram, segundo a investigação. Mesmo sem condenação penal, o militar pode ser expulso. O STM dá a palavra final. Algo semelhante ocorreu nos anos 60, quando o regime militar puniu mais de 6 mil militares por “subversão”. Entre os poucos absolvidos no passado está Jair Bolsonaro, que respondeu a Conselho, mas acabou inocentado e foi para a reserva como capitão. (GZH)
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