Chile – Quatro dos cinco trabalhadores que estavam presos na mina El Teniente, no Chile, foram encontrados mortos neste domingo (3/8). A informação foi confirmada pela Codelco, empresa estatal responsável pela jazida, após mais de dois dias de buscas. As equipes seguem procurando pelo quinto operário.
O desabamento aconteceu na quinta (31/7), por volta das 17h30 (horário local), depois de um terremoto de magnitude 4,2 atingir a região de Rancagua, a cerca de 100 quilômetros de Santiago. O tremor causou o colapso de uma das galerias e deixou os cinco trabalhadores presos. A mina, considerada o maior depósito subterrâneo de cobre do mundo, teve suas operações reduzidas por tempo indeterminado.
Segundo a Codelco, o primeiro corpo foi localizado no sábado (2/8). Já outros três foram encontrados neste domingo, todos sem vida, conforme declarou o gerente-geral da mina, Andrés Music.
“Trabalhamos com máximo cuidado durante toda a noite. Estamos examinando metro por metro. Não quero criar falsas esperanças, mas seguimos avançando”, disse Music em entrevista coletiva.
Até o início da manhã deste domingo, as equipes haviam desobstruído 24 dos 90 metros de galerias bloqueadas que precisam ser liberados para chegar até o último trabalhador.
Resgate difícil e clima de tensão
O acesso à área conhecida como Teniente 7, onde os trabalhadores estavam, ficou totalmente bloqueado após o tremor. Desde então, não houve qualquer contato com os mineiros. Além dos cinco soterrados, o acidente também deixou um trabalhador morto no momento do colapso e nove feridos, que já receberam atendimento médico.
Os funcionários atingidos pertencem à empresa Gardilcic, que presta serviços terceirizados para a Codelco.

Governo chileno acompanha de perto
O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou no sábado (2/8) que o governo está empenhado no resgate dos trabalhadores e garantiu que nenhum esforço será poupado:
“Todas as energias do governo estão concentradas nisso. Vamos acompanhar esse processo 24 horas por dia, 7 dias por semana. Não descansaremos até encontrá-los”, declarou Boric.
Já a ministra da Mineração, Aurora Williams, determinou a suspensão imediata das operações subterrâneas da mina. A decisão segue os protocolos de segurança em casos de acidentes graves e visa preservar a integridade dos demais trabalhadores enquanto as causas do desabamento são apuradas.
Fonte: Metrópoles
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