Alegrete – RS – O caso do soldado de Passo Fundo, espancado dentro do quartel do 6º RCB em Alegrete, ganhou repercussão nacional e vem sendo destaque em telejornais e nas redes sociais. A denúncia de agressões físicas e psicológicas cometidas por militares contra o soldado colocou o Exército no centro de uma polêmica amplamente divulgada por diferentes veículos de comunicação.
A publicação do SB News, de São Borja, destacou que até a rede Bandeirantes transmitiu a situação ao vivo, levando o nome do 6º RCB para todo o país em uma exposição negativa. O tom irônico da postagem parabeniza, de forma crítica, os agressores por colocarem a unidade nas manchetes; agora associada a um episódio que o próprio veículo classifica como “vergonha”.
Inspeção médica
O advogado Júlio César Rodrigues relatou que levou o soldado, vítima de tortura, para uma inspeção médica militar, mas que, em vez de ser liberado para tratamento em casa, ele foi mantido na enfermaria da unidade. Segundo o advogado, isso equivale a uma prisão, que pode agravar seu estado físico e psicológico. O soldado, já em tratamento em Passo Fundo e colaborando com a investigação, teria sido submetido a um atestado de 20 dias de repouso dentro do quartel, sem previsão para atendimento psiquiátrico.
Os agressores
Júlio César afirmou ainda que, ao deixar o local, o soldado viu dois dos agressores sentados tranquilamente, usando celular, apesar de a direção ter informado que eles estariam presos. Para o advogado, esse contato reforça o trauma e prejudica a recuperação da vítima. Ele criticou a postura do Exército, disse que não conseguiu cumprir a promessa de devolver o soldado para casa e alertou que, quanto mais a situação se arrastar, maiores serão as consequências para os responsáveis.
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