Brasília – DF – Alexandre de Moraes deu 48 horas para a defesa de Jair Bolsonaro explicar novas provas que indicam descumprimento de medidas cautelares e até um plano de fuga para a Argentina. Caso não convença, o ministro do STF pode converter a prisão domiciliar em preventiva, colocando o ex-presidente em uma cela militar em Brasília.
O plano de fuga
A Polícia Federal encontrou no celular de Bolsonaro um rascunho de pedido de asilo político ao presidente argentino Javier Milei. O documento foi salvo em fevereiro de 2024, logo após a Operação Tempus Veritatis. Segundo a investigação, o texto teria sido redigido pela esposa do senador Flávio Bolsonaro. Mensagens e áudios também mostram conversas sobre estratégias de fuga com aliados, incluindo Eduardo Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia.
As violações das cautelares
Mesmo em prisão domiciliar desde 4 de agosto e monitorado por tornozeleira, Bolsonaro trocou celulares, manteve atividade em redes sociais e conversou com assessores e aliados. Moraes citou contatos com o advogado americano Martin de Luca e mensagens do ex-ministro Braga Netto como novas evidências de descumprimento.
O novo indiciamento
A Polícia Federal já indiciou Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado democrático de direito. Também foram implicados Paulo Figueiredo e Silas Malafaia. O caso foi enviado à Procuradoria-Geral da República, que decidirá sobre denúncia.
O julgamento que se aproxima
O episódio ocorre a menos de duas semanas do julgamento do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado, marcado para 2 de setembro. Se Moraes considerar que há risco de fuga ou repetição das práticas ilegais, Bolsonaro poderá ir para a cadeia antes mesmo da decisão final do Supremo.
Fonte: Folhapress, Reuters e Polícia Federal.
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