Internacional – Os agricultores dos Estados Unidos vivem um cenário cada vez mais desafiador. A China, historicamente um dos maiores compradores da soja americana, tem reduzido suas importações do país e optado por embarques vindos da América do Sul, sobretudo do Brasil. Essa mudança já provoca perdas bilionárias para os produtores norte-americanos e redesenha o mercado global do grão.
Desde o início da temporada de comercialização mais importante, os sinais eram claros: os americanos perderiam espaço. Para outubro, a China já assegurou cerca de 7,4 milhões de toneladas de soja, quase toda proveniente do Brasil e de outros países vizinhos, o que cobre 95% da demanda projetada para o mês.
Em novembro, a situação não melhora. Os contratos somam pouco mais de 1 milhão de toneladas, apenas 15% do esperado. No mesmo período do ano passado, os chineses já tinham garantido entre 12 e 13 milhões de toneladas de soja americana.
A queda na participação dos EUA é consistente. Em 2016, o país respondia por 41% das importações de soja da China. Já em 2024, essa fatia caiu para 20%. Os números de 2025 reforçam a tendência: entre janeiro e julho, o Brasil exportou 42,26 milhões de toneladas de soja para a China, enquanto os EUA enviaram 16,57 milhões.
Canal Rural
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso