A partir de novembro, a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por grande parte dos casos de bronquiolite e pneumonia em bebês, será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) gratuitamente. A medida chega em um momento urgente: só em 2025, os casos da doença aumentaram 52% em crianças de até dois anos de idade.
A vacina será aplicada em gestantes, garantindo proteção tanto para as mães quanto para os recém-nascidos. Especialmente nos primeiros meses de vida, quando eles estão mais vulneráveis. A expectativa é de que 2 milhões de bebês sejam beneficiados todos os anos no Brasil.
Com a chegada do imunizante à rede pública, muitas famílias que não conseguiam arcar com os altos custos da vacina na rede privada — que podem ultrapassar R$ 3.600 — terão acesso a uma proteção que pode salvar vidas e evitar milhares de internações.
O que muda
Até agora, só tinha acesso à vacina contra o VSR quem podia pagar, em clínicas particulares.
E os preços variam entre R$ 1.800 e R$ 3.600.
Com a chegada ao SUS, todas as gestantes poderão receber a dose gratuitamente, o que democratiza a proteção.
Vacina importante
O VSR é um vírus muito comum, principalmente no inverno. Ele pode provocar bronquite, bronquiolite e pneumonia em bebês pequenos.
A cada cinco crianças infectadas, uma precisa de atendimento médico, e em média uma em cada 50 acaba hospitalizada no primeiro ano de vida.
O risco é ainda maior entre prematuros, cuja mortalidade pode ser até sete vezes superior. Por isso, a vacina representa um marco na prevenção de doenças graves nessa faixa etária.
Quantas doses?
Até o fim de 2025, o Brasil vai receber 1,8 milhão de doses do imunizante, fruto de um acordo entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer. Na segunda quinzena de novembro, começam a ser entregues as primeiras 832,5 mil doses, com mais 1 milhão previstas até dezembro.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação vai seguir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo aplicada a partir da 28ª semana de gestação. Com isso, o bebê recebe os anticorpos da mãe.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse ao G1 a importância da medida: “É uma proteção dupla: protege a gestante e o recém-nascido. E, ao mesmo tempo, garante tecnologia e inovação produzidas dentro do Brasil”.
Impacto positivo
Estudos mostram que a vacina pode evitar cerca de 28 mil internações por ano. Além de proteger os bebês, a medida deve aliviar a sobrecarga dos hospitais, que lotam a cada temporada de infecções respiratórias.
Em países que já adotaram a vacinação contra a bronquiolite, as visitas aos serviços de emergência caíram quase pela metade. Assim como as internações em UTIs pediátricas.
Médicos ressaltam ainda que a prevenção da bronquiolite pode reduzir o risco de problemas respiratórios futuros, como chiado recorrente e até mesmo asma.
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