Brasília – DF – O Banco Central manteve a Selic em 15% e o Federal Reserve reduziu os juros para a faixa de 4% a 4,25% ao ano. O aumento do diferencial entre Brasil e Estados Unidos já tem reflexos imediatos na economia, especialmente no câmbio e na inflação, mas especialistas alertam que o peso dos juros altos segue travando consumo e emprego.
O dólar em queda
Com os juros menores nos EUA e mais altos no Brasil, investidores estrangeiros tendem a trazer mais recursos para o país, o que fortalece o real e ajuda a segurar o dólar. Isso reduz custos de produtos dolarizados, como trigo, milho e soja, que influenciam no preço de proteínas e alimentos básicos.
O efeito sobre a inflação
Um câmbio mais estável reduz a pressão sobre a inflação, especialmente em itens de alimentação. Porém, se o dólar cair muito, pode prejudicar a competitividade das exportações brasileiras, em especial de manufaturados.
O impacto no consumo
O cenário favorece a demanda por produtos básicos, mas o crédito caro, com a Selic a 15%, limita a compra de itens de maior valor agregado, como veículos e eletrodomésticos, que dependem de financiamento.
O reflexo no emprego
Mesmo com a descompressão no câmbio, a taxa alta de juros freia investimentos e novas contratações. Dados do Caged mostram abertura de 129 mil vagas formais em julho, 32% a menos que no mesmo período de 2024, no pior resultado para o mês desde 2020.
Fonte: GZH.
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