Arvorezinha (Região de Soledade), RS – O Ministério Público do Trabalho entrou com ação civil pública contra a JBS Aves após o resgate de dez trabalhadores submetidos a condições degradantes em dezembro de 2024, no Vale do Taquari. Eles atuavam na apanha de aves por meio da empresa terceirizada MRJ Prestadora de Serviços.
As condições encontradas
Segundo o MPT, os homens enfrentavam jornadas de até 16 horas, alimentação precária e alojamentos sem condições mínimas, incluindo falta de água por duas semanas em um dos locais. Três chegaram a precisar de atendimento médico por exaustão e fraqueza. Um lema ouvido entre os trabalhadores da terceirizada era: “A MRJ quando não mata, aleija”.
A responsabilidade da JBS
Para os procuradores, embora não tenha contratado diretamente os trabalhadores, a JBS definia cronogramas, metas e localidades da apanha, atuando como beneficiária direta do serviço. O MPT pede que a empresa seja responsabilizada e indenize em R$ 20 milhões por danos morais coletivos, além de adotar medidas de regularização e fiscalização em sua cadeia produtiva.
O que diz a empresa
Em nota, a JBS, por meio da marca Seara, afirmou não ter sido notificada oficialmente e negou que a MRJ atuasse com exclusividade para a companhia. A empresa disse ter encerrado o contrato com a terceirizada e ressaltou “tolerância zero” com violações trabalhistas, citando seu Código de Conduta e Política Global de Direitos Humanos.
Fonte: Ministério Público do Trabalho no RS.
LEIA TAMBÉM: Colisão frontal na BR-285 causa quatro mortes
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso