Geral/nacional – RS – O lifting facial saiu do nicho dos mais velhos e entrou no radar de gente jovem. Redes sociais, chamadas de vídeo e comparação constante criaram um espelho sem trégua. Especialistas em imagem corporal falam em pressão inédita. Celebridades assumem procedimentos. Outras viram alvo de boatos. O tema deixou o segredo e ganhou palco.
O que é
O lifting facial, ou ritidoplastia, é cirurgia para rejuvenescer rosto e pescoço. Remove excesso de pele, reposiciona tecidos e reduz rugas. Há variações como mini, “rabo de cavalo” e plano profundo.
O que mudou no público
Associações médicas relatam que houve alta recente nos liftings e mudança no perfil. Há mais pessoas fora da faixa clássica. Também cresceu a procura por quem perdeu peso com remédios e ficou com pele sobrando. Técnicas avançaram. Em alguns centros parte dos casos ocorre com anestesia local e ambiente de clínica. O atrativo é recuperação mais rápida e promessa de resultado mais estável do que toxina e preenchimentos.
As razões citadas
Pressão estética nas redes. Filtros e IA distorcem a referência de “normal”. Exposição diária do rosto em vídeo. Normalização do tema por famosos. Desconforto com sequelas de peso perdido rápido. Busca por traços “bem definidos” como mandíbula marcada, maçãs altas e olhar puxado.
Os riscos e limites
Ainda é uma operação de porte. Pode haver hematoma, infecção, lesão de nervos e queda de cabelo em áreas de incisão. Cirurgiões alertam que indica melhor após os 40. Fazer cedo pode levar a múltiplas cirurgias ao longo da vida e mais trauma acumulado no rosto.
Quanto custa
No Reino Unido, os valores variam muito. Médias ficam entre 15 mil e 45 mil libras. Há ofertas a partir de 5 mil. Preço baixo exige atenção redobrada a credenciais, estrutura e suporte de pós-operatório. Viagens para “turismo estético” ganharam fama, mas somam riscos de idioma, logística e seguimento clínico.
Casos relatados
Há quem chame a experiência de transformadora. Depoimentos citam pacote de procedimentos no mesmo ato, com semanas de dor e meses até recuperar sensibilidade. Também há quem repense depois: mudanças de rotina e cuidado com a saúde poderiam ter reduzido a vontade de operar. Em outras histórias, pacientes dizem que o lifting devolveu bem-estar após anos de intervenções não cirúrgicas que já não agradavam.
O que convém avaliar antes
– Checar se o cirurgião é especialista em plástica, registrado e com experiência em lifting.
– Exigir clínica autorizada, equipe treinada e plano de emergência.
– Pedir explicação do plano cirúrgico, cicatrizes previstas e tempo real de recuperação.
– Discutir limites do resultado e riscos, inclusive de reoperações no futuro.
– Considerar alternativas: pele, hábitos, peso estável, tratamento de imagem corporal.
– Buscar segunda opinião independente.
Perguntas úteis para a consulta
– Meu caso tem indicação cirúrgica agora?
– Qual técnica usará e por quê?
– Quais exames e cuidados prévios preciso?
– Como é o pós-operatório nos primeiros 14 e 90 dias?
– Quem me atende se houver intercorrência à noite ou no fim de semana?
– O que é realista esperar em 1, 5 e 10 anos?
Resumo
A oferta cresceu, a técnica evoluiu e a conversa ficou pública. Ainda assim, lifting é cirurgia. Cautela, informação boa e médico qualificado fazem diferença. A decisão deve partir do que é seguro e necessário, não da pressa do feed. (Correio Braziliense)
Caroline Stanbury, apresentadora de TV e uma das participantes do reality show Real Housewives of Dubai, fez um lifting facial há dois anos, aos 47 anos, apesar de todos lhe dizerem para não fazê-lo por ela ser jovem demais.
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