Santiago – RS –/Rio – Claro que a nossa região é uma das mais seguras do país, mas não dá para ignorar os desdobramentos da megaoperação no Rio, que deixou mais de 120 mortos, entre eles quatro policiais. Oito seguem internados, e um deles precisou amputar uma perna.
Para analisar o tema, o Estação NP recebe o delegado regional Guilherme Milan Antunes, especialista em segurança pública, que fala sobre o momento atual e o que a sociedade pode esperar a partir desses acontecimentos.
No que deve resultar dessas operações?
Guilherme: O país vive uma onda perigosa de vitimização. Recentemente, ouvimos até falas completamente inapropriadas que colocam o traficante como vítima do usuário, e o ladrão como vítima da sociedade. Isso é um equívoco. Esse não é o caminho para uma sociedade que busca direitos e valores. Quando se inverte a lógica da responsabilidade, perde-se o sentido da lei e da convivência.
E sobre a operação em si, como o senhor avalia a forma como ela foi conduzida?
A ação no Rio foi o resultado de um ano de investigação e 90 dias de preparo intenso. Foi planejada para reduzir danos colaterais ao máximo. Diferente de outras operações, os confrontos ocorreram em área de mato, e não nos becos e vielas das comunidades, locais onde, inevitavelmente, havia risco de vítimas inocentes atingidas por balas perdidas. Foi uma ação muito bem planejada e bem executada.
Então havia um objetivo bem definido desde o início?
Sim. A operação foi organizada para cumprir 180 mandados de busca e apreensão e mais de 100 mandados de prisão. Desses, 70 eram de criminosos do Rio e 30 de outros estados. Foi uma ação de inteligência, técnica e coordenada, mostrando que o Estado, quando se prepara, consegue agir de forma firme, estratégica e dentro da legalidade. (Não perca os próximos episódios)
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