EUA/ Brasília – DF – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que reduz tarifas sobre importações agrícolas, incluindo carne bovina, café, banana, açaí, tomate e outras frutas tropicais. A medida surge em meio à pressão interna para baixar o custo de vida no país, que enfrenta alta nos preços desses produtos. O percentual detalhado de corte nas importações não foi divulgado de imediato.
A decisão isenta parte das tarifas recíprocas aplicadas em abril. Segundo o Ministério da Agricultura, a taxa sobre produtos brasileiros deve cair 10 pontos percentuais, chegando a 40%. O Brasil é o maior fornecedor de café aos EUA e um dos principais de carne, itens que tiveram forte alta ao longo do ano.
Em agosto, Trump havia imposto tarifas de 50% ao Brasil, justificando a decisão com base no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na investigação da trama golpista. Entre os itens atingidos estava o café, cujo preço subiu 21% em 12 meses nos EUA.
Entre os produtos incluídos na nova redução estão:
Açaí
Banana
Café
Carne bovina
Castanha-do-Brasil
Frutas tropicais (manga, mamão, abacaxi)
Suco de laranja
Tomates
A ordem vale retroativamente desde as 2h01min (horário de Brasília) de quinta-feira. O governo americano promete reembolsar quem pagou tarifas nesse período, mas não detalhou o mecanismo.
Negociações entre Brasil e Estados Unidos
Nos últimos meses, o governo brasileiro vinha tentando flexibilizar o tarifaço. Em outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou Trump e as equipes registraram “boa química” na conversa. Na quinta-feira, o chanceler Mauro Vieira voltou a se reunir com o secretário de Estado Marco Rubio durante a cúpula do G7 no Canadá e afirmou que os países avançam para um acordo provisório que destrave a relação comercial.
O Departamento de Estado americano informou que os dois discutiram um “quadro mútuo para a relação comercial”.
As tarifas recíprocas
O decreto de abril fixou uma tarifa mínima de 10% com o argumento de que o déficit comercial ameaçava a segurança nacional. A essa base foram adicionadas taxas extras por país e produto. A medida aumentou a arrecadação, mas também pressionou a inflação americana.
Depois de uma revisão em setembro, Trump agora afirma que a demanda interna e a baixa oferta de alguns produtos exigem reduzir tarifas. Pesquisas recentes mostram que o custo de vida é a principal preocupação dos americanos.
Reação no setor de carnes
A Abiec, que representa exportadores de carnes, comemorou a decisão e disse que o corte reforça a confiança no diálogo entre os dois países e devolve previsibilidade ao mercado. Para a entidade, o gesto abre espaço para um cenário mais estável e competitivo.
Fonte: GZH / g1 / Departamento de Estado dos EUA.
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