Brasília – DF – A investigação sobre o dano na tornozeleira de Jair Bolsonaro virou peça central para definir o rumo do ex-presidente. Ele contou ter usado um “ferro de solda” no equipamento, mas não explicou com clareza o motivo. A coincidência com a reta final do processo em que foi condenado acendeu um alerta dentro da Polícia Federal e no Supremo, já que havia chances de que a pena fosse cumprida em regime domiciliar por causa da saúde dele.
O que intriga os investigadores
Relatórios mostram que a primeira versão foi de que a tornozeleira teria batido em uma escada, mas os técnicos encontraram sinais de queimadura e não de impacto. Bolsonaro admitiu que mexeu no equipamento por “curiosidade”, mas o momento escolhido para isso aumentou o estranhamento. A decisão do ministro Alexandre de Moraes cita o episódio como indício de tentativa de fuga, mesmo sem provas conclusivas até agora.
A tese que circula nos bastidores
Há uma suspeita ainda não comprovada: a de que o dano seria um ensaio para escapar durante a vigília promovida por Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio. A ideia, segundo essa linha de raciocínio, seria aproveitar a movimentação para se misturar no meio da multidão enquanto a equipe de monitoramento se deslocava. A investigação vai dizer se isso tem fundamento ou não.
PARANOIA, dizem os aliados
Aliados de Bolsonaro tentam entender e explicar o que para muitos ainda é inacreditável: a tentativa dele de violar a tornozeleira com ferro de solda. O ato integra as justificativas para a decretação da prisão preventiva do ex-presidente no sábado (22), e sua transferência de casa para uma cela especial da Polícia Federal. Aliados afirmam que ele estava paranoico com a ideia de que um grampo havia sido instalado na tornozeleira, e que terceiros conseguiam ouvir suas conversas com a família e com aliados que ele recebia em casa, onde já estava preso.
O risco para Bolsonaro
A dúvida agora é se ele sabotou só a tornozeleira ou também as chances de obter prisão domiciliar. A decisão sobre o formato de cumprimento da pena está próxima, e o episódio tende a pesar no julgamento político e jurídico. O caso segue sob análise da Polícia Federal e do STF. Fonte: GZH.
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