Pelo Mundo/Venezuela – Nicolás Maduro afirmou na semana passada que entrega a Venezuela a Jesus e que Cristo é “dono e senhor” do país. A declaração surge no momento em que o regime enfrenta nova pressão dos EUA e tenta reforçar sua base política interna. O chavismo aposta no crescimento acelerado das igrejas pentecostais — que saltaram de 2,1% da população em 2010 para 30,9% hoje — para ampliar apoio popular.
Desde 1999, quando Hugo Chávez chegou ao poder, o governo abriu espaço aos evangélicos e reduziu o peso da Igreja Católica no ensino religioso e em outras áreas do Estado. A estratégia fortaleceu denominações alinhadas ao regime. Enquanto isso, grupos batistas, ligados historicamente aos EUA e críticos do chavismo, perderam influência.
Nesse cenário, líderes evangélicos norte-americanos denunciaram perseguição religiosa na Nigéria, mas ignoraram a fala de Maduro. O alinhamento político explica o silêncio: Washington e Caracas disputam influência, e parte do movimento evangélico dos EUA evita confrontar governos que veem como aliados indiretos em sua agenda religiosa global.
Fonte: Folha de São Paulo.
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