Passo Fundo, RS – A moradora de Passo Fundo tentou financiar um apartamento de R$ 409 mil e, com apenas R$ 200 mil em mãos, aceitou a sugestão de buscar um consórcio. Ela recebeu a proposta de um contrato de R$ 800 mil, com promessa de contemplação imediata após pagar R$ 44 mil para entrar em um grupo fechado. No dia da assembleia, orientaram que oferecesse lance de R$ 120 mil. A partir desse momento, iniciou o fluxo de exigências, documentos e cobranças.
Depois do primeiro pagamento, ela recebeu pedidos para adiantar R$ 117 mil em um boleto e assinar 11 novos documentos. Esses papéis incluíam cartas de crédito que ela nunca autorizou. Ao final, descobriram que a colocaram em vários grupos, totalizando R$ 3,8 milhões em consórcios, embora ela precisasse apenas de uma carta de R$ 400 mil. Mesmo assim, jamais foi contemplada.
A vítima perdeu as economias de toda a vida, incluindo a herança da mãe destinada a ela e ao filho. Hoje, vive endividada, sem imóvel e sem restituição do valor pago. Luta para limpar o nome, paga aluguel e afirma que não recebeu nenhuma devolução do consórcio.
Com funcionava o esquema
O golpe funcionava com criminosos que ofereciam empréstimos rápidos e baratos, mas escondiam que se tratavam de consórcios. As vítimas pagavam uma entrada para garantir suposta contemplação imediata, recebiam orientações para oferecer lances altos e eram obrigadas a assinar novos documentos. Sem perceber, eram colocadas em vários grupos de consórcio, acumulando dívidas milionárias. O dinheiro nunca era liberado, e os golpistas continuavam exigindo valores extras enquanto mantinham vida de luxo com o que arrecadavam.
Quinze pessoas foram presas na manhã de quinta-feira (4), e seis empresas tiveram buscas e apreensões. Ao todo, a polícia cumpriu 31 mandados, apreendeu 37 carros de luxo, joias, relógios Rolex, bloqueou imóveis e confiscou R$ 170 milhões em criptomoedas. Segundo a investigação, o grupo fraudava consórcios há quase dez anos e agora responde por estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Fonte: GZH.
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