Guaíba (Região de Porto Alegre), RS – A polícia investiga uma rede clandestina de aborto que atuava a partir de Guaíba e usava o Cytotec, um remédio destinado ao tratamento de úlceras, mas que provoca contrações no útero e pode causar aborto quando usado sem controle médico. Jovens eram atraídas por redes sociais e recebiam instruções de falsos profissionais, enquanto o grupo lucrava vendendo o medicamento e cobrando orientações perigosas.
A operação e os golpes
A delegada Caroline Calegari explicou na Rádio Gaúcha que apenas administradores do grupo de WhatsApp podiam vender o Cytotec e orientar no momento do aborto. As jovens eram encaminhadas a uma suposta “doutora”, que conversava por chat privado e dava instruções sem qualquer critério técnico. Entre os envolvidos havia estudante de veterinária, técnica de enfermagem e pessoas sem formação em saúde. A polícia acredita que o medicamento era desviado de hospitais.
A vítima de Guaíba
Uma das jovens, em forte dor e sem poder comer ou beber água, tentou buscar ajuda da falsa doutora, que parou de responder. Sem suportar o sofrimento, ela procurou atendimento no hospital da cidade. Esse caso reforçou a ação policial que cumpriu mandados em sete estados, com três prisões e um flagrante por drogas e armas.
O risco e o alerta
O Cytotec tem venda controlada porque o uso fora de ambiente médico pode causar hemorragia, infecção e risco de morte. O comércio clandestino circula por contrabando e internet, sem garantia nenhuma de procedência. A polícia destaca que, além do crime, se trata de um problema de saúde pública que expõe jovens vulneráveis a farsantes que exploram a fragilidade emocional e a falta de informação.
Fonte: Rádio Gaúcha.
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