Santiago – RS – (Região de Santa Maria). O nosso exemplo de cuidado com o lixo ganhou o estado nesta quarta-feira, 17. A jornalista Rosana de Oliveira citou Santiago na Rádio Gaúcha pelo sucesso do Pila Verde e do Pila Azul. Ela também elogiou o uso criativo dos fios velhos dos postes que viram artesanato. É uma prova de que a moeda de troca funciona e limpa a cidade.
A realidade no resto do estado
Mas a realidade geral é bem diferente da nossa. Um levantamento do jornal Zero Hora mostra que a coleta seletiva anda mal das pernas no RS. Menos da metade das 30 maiores cidades faz a separação total do lixo. A lei existe desde 2010 e pouca coisa mudou na prática nesses 15 anos.
Os números que preocupam
A pesquisa revela que 27 cidades dizem ter coleta seletiva. Porém apenas 14 atendem todo o município com o serviço. O caso é grave em lugares populosos como Alvorada e Guaíba onde não existe separação nenhuma. Em Bagé a situação é a mesma e tudo acaba indo para o mesmo buraco.
O caminhão mistura tudo
O morador muitas vezes faz a parte dele e separa o lixo em casa. O problema é que muitas prefeituras recolhem tudo no mesmo caminhão e misturam o seco com o orgânico. Isso desanima quem tenta ajudar e estraga o material que poderia ser vendido. O Ministério Público diz que muita coleta existe apenas para cumprir tabela.
A falta de apoio aos catadores
As cooperativas reclamam da falta de dinheiro e de estrutura básica. A prefeitura costuma pagar caro para recolher o lixo comum e esquece de investir na reciclagem. Sem verba as associações não conseguem comprar máquinas e o trabalho fica precário. O catador é peça chave nesse sistema e precisa ser mais valorizado.
As empresas precisam ajudar
Outro entrave grande é a tal logística reversa. Quem fabrica a embalagem deveria ter um plano para recolher o que sobra. Mas isso quase não acontece e a conta sobra sempre para o município. Enquanto empresas lucram e não recolhem o plástico o lixo se acumula nos aterros e demora séculos para sumir.
Fonte: Zero Hora/Rádio Gaúcha
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