(por João Lemes) A notícia caiu como um soco no estômago do país. Um jovem de 19 anos, o “Vaqueirinho”, escalou a jaula e morreu atacado por uma leoa na Paraíba. Uma história da vida real na sua forma mais cruel.
Vindo de uma família marcada pela esquizofrenia, ele foi abandonado pela mãe, pela sorte e, principalmente, pelo Estado. Tinha passagens pela polícia, mas não era caso para repressão; era grito de socorro, caso de saúde pública que lhe foi negado. E você? Consegue enxergar que antes do erro dele, houve o erro de todos nós?
O desfecho não surpreende, apenas escancara o óbvio: quando o poder público falha e a comunidade se ausenta, a tragédia se torna o único destino possível para quem é pobre e doente mental. No fim, a imagem é literal e assustadora: jogaram-no aos leões. E os animais apenas fizeram, em minutos, o que a vida, a sociedade e o descaso já vinham fazendo lentamente com ele há anos.
Por atenção e tratamento digno
É preciso dizer que há milhões de pessoas assim pelo país clamando por atenção e tratamento digno. O cuidado certo poderia ter evitado essa alucinação fatal. Em sua mente, ele não buscou a morte em nenhum momento; ele fantasiou que domaria a fera. Ele estava doente, apenas isso. E você? Já parou para pensar quantos “Vaqueirinhos” terão que morrer para que o país acorde? O povo precisa de mais tratamento, dignidade e respeito; não de mais desprezo.
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