Baseado em artigo de Rosane de Oliveira, de GZH
(João Lemes) O PP gaúcho resolveu antecipar o Carnaval político de 2026 e saiu desfilando suas alas mais vaidosas nos bastidores do poder. A declaração de apoio do secretário Vilson Covatti ao vice-governador Gabriel Souza (MDB), reforçada pela deputada Silvana Covatti, não só colocou lenha numa fogueira que já queimava em silêncio, como também empurrou o partido para um desgaste público desnecessário. Em vez de unidade, o que se viu foi um festival de recados atravessados e mal-estar nos corredores da sigla.
O presidente estadual do PP, Covatti Filho, que é filho do casal, tratou logo de desautorizar os próprios pais, defendendo candidatura própria, embora sem apresentar nenhum nome concreto. A atitude dos Covatti foi chamada de “absurdamente inoportuna” por Afonso Hamm, vice-presidente da legenda, enquanto prefeitos e deputados estaduais engoliam a seco a ideia de abraçar o velho rival MDB, com quem o PP protagoniza disputas locais há décadas. A verdade é que esse tipo de movimento revela mais o jogo pessoal de poder do que qualquer projeto partidário real.
É curioso ver como o partido ainda não iniciou os trabalhos da comissão que deve discutir a sucessão, mas já tem gente se colocando no palanque. Isso diz muito sobre como o debate político está sendo conduzido: por impulso, vaidade e disputas internas, e não por estratégia. A pergunta que fica é simples: o PP quer mesmo construir um projeto de poder para o estado ou vai continuar sendo refém dos seus próprios caciques? Porque se a ideia é só aparecer na foto, vai faltar legenda e sobrar racha.
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