Volta de quinquênios e gratificações para juízes e promotores custa 112 milhões/ano ao RS

Esses benefícios, que haviam sido extintos em 2004, foram restabelecidos após quase duas décadas, gerando também pagamentos retroativos pelo período não remunerado.

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O retorno desses adicionais por tempo de serviço (ATS) foi possível após decisões favoráveis do Órgão Especial do Tribunal de Justiça e do Colégio de Procuradores do Ministério Público, baseadas em precedentes do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público.

SALÁRIOS – A remuneração de um juiz no RS é influenciada por fatores como tempo de carreira e posição no Judiciário, incluindo cargos de juiz substituto a desembargador, além de adicionais e gratificações legais. Inicialmente, um juiz substituto pode ganhar entre R$ 25 e 30 mil brutos mensais, com potencial de aumento conforme avança na carreira, podendo superar esse valor.

Os quinquênios concedem um aumento de 5% na remuneração a cada cinco anos de serviço, com gratificações adicionais de 15% após 15 anos e 25% após 25 anos.

Atualmente, 848 juízes e 645 promotores e procuradores são beneficiados, com um custo de R$ 94,09 milhões e R$ 18,27 milhões, respectivamente.

Esses valores são comparáveis ao orçamento estadual de 2024 destinado ao enfrentamento de eventos climáticos, de R$ 115 milhões.

A maior parte do custo com os quinquênios incide sobre o pessoal inativo, uma vez que, na aposentadoria, certas gratificações e adicionais não são mais recebidos, permitindo a inclusão dos quinquênios no contracheque dentro do teto constitucional de R$ 44 mil.

Ainda foram feitos pagamentos retroativos

Assim, o Tribunal de Justiça já teve que fazer três repasses que somam R$ 203 milhões, enquanto o Ministério Público iniciou os pagamentos retroativos em março de 2024, sem divulgar o total desembolsado.

Essas medidas foram justificadas pela valorização da experiência nas carreiras jurídicas e estão alinhadas com decisões judiciais e administrativas que reconhecem o direito aos adicionais.

A continuidade desses pagamentos e a possível extensão dos benefícios a outros membros dependem de futuras decisões legislativas e judiciais. (GZH)

1 COMENTÁRIO

  1. Boa noite!
    É depois é a Segurança Pública que quebra o Estado.
    Pobre do Poder Executivo!!Tem as costas largas.
    Até quando iremos suportar as regalias da Lei para alguns e o arroxo para outros?
    Quem paga a conta é o Povo.

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