Há pouco mais de duas semanas saiu a decisão do Governo Federal sobre os cinco municípios que vão receber um campus do Instituto Federal Farroupilha.
E apesar de todas as reuniões, planejamentos, estudos e articulações, Santiago não está na lista, algo que acabou por jogar um balde de água fria em muitas pessoas.
No entanto, o professor Marco Malheiros, coordenador da comissão de implantação de um campus do IFFar, que esteve no programa “Terça da Educação”, afirmou para a jornalista Sandra Siqueira: “não ganhamos um campus…ainda”.
Ele garante que as pessoas podem manter vivas as expectativas de ver o município conquistar um campus, afinal, em termos de estrutura a oferecer, Santiago tem uma das melhores, a exemplo de Santa Maria, que é outro município que segue na mesma luta.
Para Marco, o que pesou na definição dos cinco novos campus do RS foram o fator geográfico. “Não é que tenha faltado articulação de nossa parte, nem apoio político.
A decisão dos municípios que foram contemplados nesta fase levou em conta o vazio geográfico na região em que esses municípios estão inseridos”, afirmou.
Para Marco, Santiago fez e está fazendo a sua lição de casa de forma muito assertiva.
O município ofertou para instalação do IFFar o prédio onde funciona a escola João Eduardo Witt Shimitz (antigo CIEP). Que também abriga o Polo UAB e um centro do referência do próprio IFFar.
O local possui quase 30 salas de aula, uma cozinha industrial, ginásio coberto e capacidade para 2 mil alunos.
Marco ressaltou que a intenção do Governo Federal é ampliar dos 682 atuais para 1.000 institutos em todo o país, levando o ensino técnico e superior para mais regiões.
Um avanço na educação
“Quando isso acontecer, vai impactar muito positivamente o município tanto na área da educação quanto da economia, mudando até a matriz econômica”, ressaltou Malheiros, de maneira muito confiante.
Segundo ele, um campus do IFFar de Santiago terá uma capacidade de atender até 800 alunos dentro da estrutura planejada.
E, esse cálculo, é baseado também no número de professores que um campus do Instituto implicará, de quase 70. “Imagine, para a economia esse aporte de servidores federais.
E o avanço na educação que teremos, com ensino superior gratuito”, ressalta.
Educação é investimento
Conforme Malheiros, o IFFar Jaguari possui hoje um centro de referência em Santiago com cursos de Administração subsequente ao Ensino Médio e posterior.
No entanto, não há mais possibilidade de crescimento nem em Jaguari, nem em Santiago, que compartilha de professores que dão aulas nos dois locais.
No entanto, há uma demanda de, no mínimo, três vezes mais o número de vagas ofertadas. Tanto nos cursos de Jaguari, quanto os do centro de referência.
Por isso, um campus em Santiago é o ideal, um sonho a ser alcançado. Dentro do planejamento do Governo Federal em abrir 1.000 unidades até 2026.
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