Alexandre Morais da Rosa é juiz e autista. O diagnóstico veio aos 47 anos, após muitas dúvidas e 23 anos de atuação como desembargador substituto no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Hoje, aos 50 anos e natural de Florianópolis, Alexandre destaca que a principal mudança foi compreender melhor as características e as dificuldades que se tornaram mais notáveis em sua adolescência, mas o acompanham desde então.
“Sempre fui isolado, fui um adolescente estranho. Na época, eu gostava muito de estudar e tinha que me esforçar para tirar notas na média, para que os colegas não me zoassem. Sou de 1973 e ser ‘CDF’, naquele tempo, era sinônimo de sofrer perseguições.” contou.
Na profissão, durante as sessões no tribunal, o juiz utiliza o cordão do autismo, uma espécie de colar que pessoas autistas usam para que aqueles que convivem com elas, seja no trabalho, na escola ou em qualquer outro ambiente, possam identificar características e aspectos de atenção diferenciada de que necessitam. O cordão do girassol, como também é conhecido, foi sancionado pela Lei nº 14.624/2023, em agosto de 2023.
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