Porto Alegre – O empresário Jailson Ferreira da Silva foi flagrado por câmeras saindo de casa na terça-feira (12), minutos antes de policiais chegarem para cumprir mandado de prisão. Ele foi visto às 5h11min entrando em um elevador com uma mochila e, logo depois, dirigindo uma caminhonete BMW de sua esposa. A polícia registrou que Jailson estava fugindo e, após buscas em sua casa e outros endereços, ele não foi localizado. Seu advogado afirmou que pretende apresentar o cliente, mas isso ainda não ocorreu.

Crimes na Secretaria da Educação
Jailson é suspeito de fraudes licitatórias, associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo compras realizadas pela Secretaria Municipal da Educação. Ele representou empresas que venderam materiais escolares no valor de R$ 43,2 milhões em contratos supostamente direcionados. A operação apura também possíveis pagamentos de vantagens indevidas a agentes políticos para intermediar esses contratos.
43 milhões em compras suspeitas
Conhecido como Jajá no meio político e empresarial, Jailson representou duas empresas que fizeram seis vendas de livros e de laboratórios de ciências e matemática à secretraia em 2022. O custo total das negociações foi de R$ 43 milhões e a suspeita é de que o grupo econômico de Jailson foi beneficiado por direcionamento das compras. Também teria ocorrido pagamento de vantagem indevida a agentes políticos.
Desdobramentos da operação e medidas judiciais
Além de Jailson, a operação prendeu dois suspeitos e afastou servidores públicos, incluindo o ex-vereador Alexandre Bobadra e o vereador Pablo Melo, filho do prefeito Sebastião Melo, que não é investigado. Na casa de um dos investigados, foram encontrados valores em dólares, ouro e documentos suspeitos. A investigação foi motivada por denúncias de desperdício de material escolar e direcionamento de compras revelados pela imprensa em 2023.

O vereador Alexandre Bobadra (PL) teve seu diploma e mandato cassado pela Justiça Eleitoral no Rio Grande do Sul. A decisão em primeira instância, desta quinta-feira (30), foi tomada em função do vereador “ter sido diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico e dos meios de comunicação social”.

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