Porto Alegre – RS – Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) revelou algo assustador sobre a enchente de 2024: a equipe responsável por monitorar diques, comportas e o Muro da Mauá tinha apenas um servidor engenheiro entre 2019 e 2024. A auditoria concluiu que a tragédia foi agravada por uma série de erros de gestão e falta de manutenção.
Problemas eram velhos conhecidos
O documento aponta que a prefeitura sabia dos riscos há anos. Desde 2015, já se sabia que o dique da Fiergs estava baixo demais e que redes de drenagem jogavam água direto no Guaíba, causando refluxo. As falhas nas casas de bombas e a falta de testes nas comportas também foram citadas. O relatório responsabiliza 32 pessoas, incluindo os prefeitos Sebastião Melo e Nelson Marchezan Júnior.
O desmonte da equipe
Outro ponto crítico foi a falta de gente. O antigo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) tinha 200 funcionários em 2014. Quando foi absorvido pelo Dmae, o número caiu para menos de 90, enfraquecendo a capacidade de resposta da cidade.
O que dizem os citados
O prefeito Melo afirmou que o sistema era antigo e que a chuva foi algo nunca visto, mas que obras estão em andamento. O ex-prefeito Marchezan criticou o TCE e disse que a gestão atual cancelou projetos importantes que ele havia deixado. O Dmae informou que está investindo em reformas e novos equipamentos para 2026.
Fonte: Tribunal de Contas do Estado (TCE) / GZH
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