Santa Maria, Ijuí, Passo Fundo e Canoas enfrentam uma onda de insatisfação com a Corsan Aegea, privatizada em 2022. A população denuncia desabastecimento, tarifas abusivas, atendimento precário e multas injustas. Em resposta, foram abertas CPIs, comissões especiais e inquérito civil para apurar irregularidades. O Ministério Público e a Defensoria passaram a intermediar os conflitos entre moradores e a empresa, que perdeu credibilidade após demissões em massa e cancelamento de tarifas sociais.
Usuários relatam cortes irregulares, remoção de hidrômetros sem aviso, destruição de calçadas, aplicação de multas elevadas e cobrança de esgoto mesmo sem rede disponível. A empresa exige que moradores arquem com a ligação dos imóveis à rede de esgoto, o que tem gerado revolta, especialmente entre famílias de baixa renda. Em Passo Fundo, 20 bairros ficaram seis dias sem água. Em Santa Maria, 550 pessoas receberam multa de R$ 980 por causa da ligação entre esgoto e calha de chuva.
Diante do colapso dos serviços, cresce o debate sobre a retomada do controle municipal da água. Alguns vereadores consideram a medida inviável devido aos altos custos e ao contrato ainda em vigor com a Corsan Aegea. Outros defendem nova licitação ou revisão contratual. A crítica central é que a empresa lucra milhões com serviços considerados ineficientes, enquanto a população paga caro por água e esgoto. A falta de investimentos e transparência acirra o embate entre Câmara, prefeituras e empresa.
Fonte: Sul 21.
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