Marcelo Dutra da Silva, ecólogo e professor na FURG, alertou em 2022 sobre mudanças no padrão de chuvas, destacando um aumento significativo na precipitação desde 2013.
Ele questionou a preparação da Defesa Civil e das cidades gaúchas para lidar com chuvas extremas, prevendo inundações em áreas antes menos afetadas.
Suas preocupações ganharam destaque após inundações no RS, deixando mais de 120 mortos.
O pesquisador enfatizou a necessidade de adaptação a esses eventos climáticos extremos, ressaltando a falta de conhecimento sobre áreas de risco e vulnerabilidade a inundações.
A reconstrução do Rio Grande do Sul, diz o acadêmico, precisará ser planejada considerando quais as áreas mais seguras e resistentes às variações climáticas extremas, que vieram para ficar.
“Cidades inteiras vão ter que mudar de lugar. É preciso afastar as infraestruturas urbanas desses ambientes de maior risco, que são as áreas mais baixas, planas e úmidas, as áreas de encostas, as margens de rios e as cidades que estão dentro de vales”, diz.


