Canoas – RS – A polícia investiga indícios de subnotificação em eutanásias de cães e gatos feitas na secretaria do Bem-Estar Animal durante a gestão de Paula Lopes. Um caderno entregue por testemunha à 3ª Delegacia de Polícia registra 478 mortes entre janeiro e julho, o dobro do número encontrado em sistema oficial, que apontava 239 entre janeiro e agosto.
O que mostra o documento
As anotações, feitas à mão por uma funcionária, eram divididas entre eutanásias internas (em animais do abrigo municipal) e externas (em bichos levados apenas para tratamento). Só em julho, o caderno apontou 190 mortes — média de seis por dia. Para a delegada Luciane Bertoletti, os registros têm valor crucial e podem representar o número real de procedimentos.

O alvo da investigação
Paula Lopes, ex-secretária e atual protetora em uma ONG, é apontada como principal investigada. Segundo a polícia, há indícios de que animais com doenças tratáveis tenham sido mortos para reduzir custos, prática proibida pelo Conselho de Medicina Veterinária, que só permite a eutanásia em casos sem cura. Um pitbull chamado Jack, considerado agressivo, é citado entre os casos de animais sadios sacrificados.
Os relatos e depoimentos
Testemunhas relatam que tutores muitas vezes só eram avisados depois da morte dos bichos. Até agora, 15 pessoas foram ouvidas e mais depoimentos devem ocorrer. A polícia também apura a origem de R$ 100 mil em espécie encontrados na casa de Paula Lopes.
O que diz a defesa
A defesa da ex-secretária chama a operação de “espetacularização policial”, sustenta que não há provas concretas e afirma que todas as eutanásias seguiram protocolos veterinários e autorização dos donos.
Fonte: Zero Hora.
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