Estado – RS – O Brasil tem mais de 31 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, um público ativo, exigente e disposto a consumir. Só em Porto Alegre, eles movimentam cerca de R$ 8,4 bilhões por ano, segundo o Sindilojas. Ainda assim, empresas e marcas continuam tratando esse segmento de forma estereotipada ou até invisível, segundo estudo do Sebrae RS.
Um mercado promissor
Para especialistas, os idosos não são mais vistos apenas como dependentes ou avessos à tecnologia. Muitos continuam no mercado de trabalho, empreendem, viajam, praticam atividades físicas e influenciam nas decisões da família. A fidelidade às marcas segue alta, mas a digitalização trouxe abertura para novas opções. O desafio das empresas é inovar sem impor preços abusivos ou criar produtos que reforcem estigmas.
Moda, consumo e saúde
Na moda e na beleza, seis em cada dez consumidores 60+ não se sentem representados. Eles buscam roupas confortáveis, funcionais e com personalidade, e não querem ser reduzidos ao estereótipo da “moda bege”. Na alimentação, pedem rótulos legíveis, embalagens práticas e delivery adaptado. O turismo também cresce: roteiros com propósito, saúde e socialização são cada vez mais procurados, como mostra o trabalho da empresa Conectando Caminhos, especializada no público sênior.
Tecnologia e inclusão
O acesso à internet já é realidade para 85% dos idosos, que usam redes sociais, fazem compras online e buscam conteúdo educativo. O caminho agora é investir em tecnologias assistivas e plataformas simples que combatam o isolamento e respeitem limitações visuais ou motoras. Segundo especialistas, mais do que produtos, o que fideliza é a experiência: transporte acessível, atendimento humanizado e comunicação sem clichês.
Oportunidade para empreender
O Sebrae identificou que 41% das pequenas empresas gaúchas têm potencial para atender esse mercado, mas quase metade dos empreendedores ainda desconhece suas demandas. O recado dos especialistas é claro: esse público representa um dos maiores nichos de crescimento da economia e exige respeito, empatia e inovação para ser atendido.
Fonte: GZH.
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