Faxinal do Soturno – RS – A polícia concluiu o inquérito que investiga a atuação de grupos ligados ao tráfico de drogas em municípios da Quarta Colônia e indiciou 62 pessoas. Os crimes apurados incluem tráfico, corrupção de menores, organização criminosa e obstrução da Justiça. O processo foi encaminhado ao Judiciário na segunda-feira (20).
O esquema e as conexões
As investigações apontaram que as ordens do tráfico na região vinham de dentro da Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas, com apoio de uma facção da Região Metropolitana. As operações de venda e transporte de drogas envolviam cidades como Dona Francisca, Agudo, Nova Palma, Restinga Sêca e São João do Polêsine. Mulheres sem antecedentes eram usadas na parte financeira do grupo.
O envolvimento de servidor público
Entre os indiciados está o advogado Edson Lorenzoni Júnior, ex-assessor jurídico da prefeitura de Faxinal do Soturno, acusado de repassar informações a traficantes antes da operação Quarta Colônia Livre, deflagrada em agosto. Segundo o delegado Sandro Meinerz, há provas de trocas de mensagens com um dos líderes do grupo.
As versões e as medidas
A prefeitura exonerou o servidor e declarou que a permanência dele no cargo era incompatível com os princípios da moralidade e transparência. Lorenzoni nega as acusações e afirma que o contato com o investigado ocorreu apenas no exercício da advocacia. Ele alega perseguição e diz ter acionado a OAB por violação de prerrogativas.
Situação atual dos presos
Do total de 62 pessoas presas na operação, 38 seguem detidas e dois adolescentes cumprem medida socioeducativa. A investigação segue com foco nas ligações entre os grupos da Quarta Colônia e a facção que atua a partir do sistema prisional.
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