GERAL – O país vive um ciclo de automedicação perigoso. Calmantes e hipnóticos viraram saída fácil para ansiedade e insônia. O resultado é dependência, tentativas de suicídio e uma rotina apagada por remédios que deveriam ser exceção. Especialistas falam em epidemia silenciosa.
Os números que assustam
Foram vendidas mais de 130 milhões de caixas de benzodiazepínicos em 2024. O Brasil está entre os maiores consumidores. A oferta é ampla. A receita vira formalidade. Quando falta receita, há o mercado paralelo.
A dependência que destrói
O alívio inicial vira prisão. A dose sobe. A vida encolhe. Sem acompanhamento, o paciente empilha comprimidos e apaga sinais do próprio corpo. A retirada brusca provoca crise. Aumenta o risco de depressão, queda, acidente e ideia suicida.
O que os médicos alertam
Esses remédios servem para uso curto. Tratam crises, não a causa. O uso prolongado agrava o quadro. Pede avaliação, psicoterapia, higiene do sono e ajuste de estilo de vida. A cada renovação é preciso reavaliar dose, tempo e alternativas seguras.
O que fazer agora
Proibir a automedicação. Exigir receita válida e retenção. Fiscalizar venda online. Investir em atenção primária, CAPS e terapia acessível. Campanhas claras sobre risco de dependência. Informação simples no balcão e na caixa. A regra é seguir plano médico e reduzir uso crônico.
(Fonte: VEJA, edição de 31/10/2025 (nº 2968), reportagem de Victória Ribeiro)
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso


