São Paulo – O Ministério Público confirmou a participação do PCC no comércio de agrotóxicos falsificados, um esquema que movimenta cerca de 20,8 bilhões por ano no país.
A venda ilegal foi descoberta durante uma operação contra agiotagem em Franca, no interior paulista. Em mensagens interceptadas, dois integrantes do grupo criminoso falavam sobre agrotóxicos usados em lavouras de café. Eles foram presos. As conversas mostraram que o PCC havia recebido 40 mil por uma carga de “veneno” e sofrido calote em outra negociação.
Em julho, o MP apreendeu mais de 30 mil embalagens destinadas à falsificação de defensivos agrícolas — uma das maiores operações do tipo no estado.
O esquema funciona com base em roubo de cargas, falsificação, contrabando e desvio de produtos legais. Há grupos que fabricam embalagens falsas, produzem notas fiscais frias e adulteram os defensivos.
Grande parte do contrabando vem do Paraguai, onde certos princípios ativos são liberados desde 2019. As quadrilhas chegam a pagar impostos no país vizinho para legalizar o produto antes de cruzar a fronteira.
A rota principal do tráfico é a BR-163, onde a Polícia Rodoviária Federal apreendeu mais de 54 mil quilos de produtos entre 2018 e 2021. Também há registros nas BRs 116 e 262.
O descarte irregular de embalagens contribui para o crime, já que recipientes usados acabam reaproveitados pelas quadrilhas. A associação CropLife, que representa o setor, cobra mais fiscalização e repressão contra o mercado ilegal.
Fonte: Uol
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